A osteoartrose (OA) é uma patologia articular degenerativa, que se evidencia pelo desgaste da cartilagem articular. Caracteriza-se pelo aparecimento de dor, rigidez matinal, crepitação óssea (estalidos ou sensação de areia no osso) e atrofia muscular. Quanto aos aspectos radiológicos é observado não só estreitamento do espaço intrarticular, formações de osteófitos e esclerose do osso subcondral, como também formação de quistos. Esta é uma patologia bastante comum a partir dos 50 anos de idade evidenciando-se mais acima dos 75 anos. A incidência da osteoartrose sintomática aumenta com a idade e com o peso corporal, ainda que a articulação do joelho uma das mais afectadas. Saiba neste artigo tudo sobre a osteoartrose, desde a avaliação ao tratamento para minimizar os efeitos desta degeneração articular.
Fisiopatologia
As alterações mais significativas ocorrem nas superfícies articulares que perdem a sua congruência. Enquanto isso acontece na cartilagem, o osso subcondral sofre alterações proliferativas que ocorrem não só na margem das articulações, como também no assoalho das lesões cartilaginosas.
Por sua vez, estas comprometem a elasticidade e aumentam a rigidez óssea, tornando, portanto, os ossos mais sensíveis ao desenvolvimento de microfraturas. Essas microfraturas regeneram-se de forma excessiva e provocam formação de calos ósseos e consequente rigidez, que compromete toda a estrutura articular. Assim dará origem aos osteófitos, luxações e instabilidade articular.
Etiologia: Tipos de Osteoartrose
De acordo com a etiologia existem dois tipos de osteoartrose:
- Primária, quando não existe uma causa conhecida
- Secundária, quando é desencadeada por fatores conhecidos e determinados
Na osteoartrose, indepentemente do tipo, a cartilagem é o tecido que sofre maiores alterações.
Entre as alterações morfológicas, a cartilagem articular é rompida e fragmentada. Sofre fissuras e ulcerações que, por vezes, com o avanço da patologia não resta nenhuma cartilagem e por isso as áreas de osso subcondral ficam expostas.
Avaliação da Osteoartrose
À medida que o processo se agrava, a dor surge com pequenos esforços. Mesmo em repouso, ainda que a característica mais comum, a queixa “dói ao levantar de uma cadeira”, dor essa que melhora após alguns passos.
O exame físico é muito importante, pois permite que o fisioterapeuta detecte o aumento de volume da articulação, a atrofia do músculo quadrícipite, além de observar dor à palpação das interlinhas articulares e à mobilização patelar. Pode estar parcialmente ou totalmente limitada, apresentando crepitação (sensação de areias a mexer) perceptível à palpação sobretudo quando é realizado movimento de flexão e extensão do joelho. Além destes sinais e sintomas, o calor e derrame articular também são característicos quando há componente inflamatória.
A limitação da extensão do joelho e a bilateralidade do processo são causas significativas de incapacidade pois a dor associada à perda da função física apresenta-se como principal sintoma no indivíduo com osteoartrose do joelho.
Tratamento da Osteoartrose
Estudos demonstram que os fisioterapeutas são os profissionais mais procurados para auxiliar na melhoria da qualidade de vida destas pessoas.
Existem resultados consideráveis não apenas na redução da dor, como também na melhoria dos demais sinais e sintomas, consequentemente da função com exercícios específicos realizados na fisioterapia.
Tipos de Exercícios

- Exercícios isométricos são utilizados com o intuito de aliviar a dor bem como prevenir a atrofia muscular devido à imobilidade.
- Exercícios isotónicos são os mais utilizados para desenvolver a estabilidade articular e postural. Por outro lado, exercícios de força são também utilizados para melhorar a estabilidade articular realizando exercícios isocinéticos com baixa e alta resistência, consoante tolerância do paciente.
- Exercícios de flexibilidade são muito importantes pois promovem o movimento da articulação de forma suave e confortável desde que realizado numa amplitude de movimento disponível sem dor.
- Alongamentos pois proporcionam o aumento da mobilidade dos tecidos moles
- Exercícios sensoriomotores
- Tareino de habilidades adaptado ao quotidiano individual de cada um.
Além da prática de exercícios físicos específicos o fisioterapeuta tem à sua disponibilidade a utilização de crioterapia (para analgesia), terapia manual e eletroterapia. Principalmente, na Fisiobaia encontra uma tecnologia avançada de eletroterapia, denominada radiofrequência, que o irá ajudar na diminuição da dor. Este equipamento produz calor profundo (controlado pelo fisioterapeuta, de forma a não aumentar a inflamação) aumento do aporte sanguíneo e consequente relaxamento dos tecidos moles e lubrificação da articulação.
As caminhadas e a educação dos pacientes acerca da sua condição e necessidade de continuar a prática dos exercícios aprendidos durante as sessões é fundamental para um prolongamento dos benefícios dos tratamentos.